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Venezuela ameaça deter estrangeiros que entrem sem autorização

Escrito por em 21 de Agosto, 2025

IMG: Canva Pro (Ilustrativa).

A Venezuela lançou um forte aviso esta semana: estrangeiros que entrem no país sem autorização correm o risco de serem detidos.

O alerta foi feito pelo presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Jorge Rodríguez, numa sessão extraordinária em Caracas. Rodríguez não deixou margem para dúvidas: “Seja quem for o estrangeiro que entre neste país sem autorização, entra, mas não sai. Fica aqui. Fica preso, ou fica como ficar, mas fica”, declarou.

O líder parlamentar sublinhou que esta não é uma provocação, nem uma bravata, mas sim uma responsabilidade que, segundo disse, cabe aos 30 milhões de venezuelanos: defender o território, o céu, os mares e os rios da Venezuela.

Este discurso surge dias depois de os Estados Unidos terem mobilizado cerca de 4.000 soldados, sobretudo fuzileiros navais, para o mar das Caraíbas, numa operação contra os cartéis de droga. A informação foi avançada pela CNN e confirmada por outros meios de comunicação norte-americanos.

Em resposta, Jorge Rodríguez afirmou que, nos últimos tempos, nenhum outro país do continente americano teve mais vitórias no combate ao narcotráfico do que a Venezuela. Lembrou como exemplo a expulsão da DEA, a agência antidroga dos EUA, durante o governo de Hugo Chávez, ação que classificou como “a primeira grande vitória contra o narcotráfico no país”.

Rodríguez apelou ainda à união nacional e acusou os Estados Unidos de quererem destruir países como a Venezuela, garantindo que as ações agressivas de Washington são financiadas com dinheiro vindo do tráfico de droga.

Durante esta sessão no Parlamento, foi aprovado um projeto de acordo em defesa da soberania, do território e das instituições venezuelanas. O documento prevê também uma ofensiva diplomática contra o que chamam de “agressões imperialistas”.

Por sua vez, o Presidente Nicolás Maduro anunciou esta semana o destacamento de 4,5 milhões de milicianos por todo o país, como parte de um “plano de paz”. Maduro garantiu que estas forças estão “preparadas, ativas e armadas”.

Esta decisão surge na sequência da oferta feita pelos Estados Unidos de 50 milhões de dólares por informações que levem à captura do próprio Maduro. Washington acusa o presidente venezuelano de liderar o chamado Cartel dos Sóis — uma acusação que o governo chavista rejeita categoricamente.