Telemóveis nas escolas não. Governo impõe regras mais rígidas.

IMG: Canva Pro (Ilustrativa).

No arranque do próximo ano letivo, os alunos do 1.º e 2.º ciclos vão deixar de poder usar telemóveis nos espaços escolares. A medida, anunciada pelo Ministro da Educação, Fernando Alexandre, foi aprovada em Conselho de Ministros e pretende travar os impactos negativos da tecnologia nas aprendizagens e no comportamento dos mais novos.

A decisão surge apoiada por um estudo do PLANAPP, que indicou melhorias significativas em escolas que já tinham adotado esta proibição: menos bullying, menos indisciplina e menos confrontos físicos. O Governo considera, por isso, que cabe ao Estado regular o uso dos smartphones nos estabelecimentos de ensino.

Para os alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário, a abordagem será diferente: haverá recomendações para limitar o uso dos dispositivos, mas com espaço para que as regras sejam construídas em conjunto com os estudantes, promovendo um uso mais responsável.

Ainda assim, haverá exceções. Alunos que necessitem do telemóvel por razões de saúde ou por dificuldades na língua portuguesa poderão usá-lo, assim como será possível o uso em contexto de sala de aula, se autorizado pelos professores. Também os chamados “dumb phones”, sem acesso à internet, continuam permitidos para contacto familiar.

Outro tema abordado foi o dos manuais digitais. A partir de setembro, deixam de ser permitidos no 1.º ciclo, por precaução quanto à exposição prolongada a ecrãs numa fase crítica do desenvolvimento. No 2.º ciclo, ainda poderão ser utilizados, mas apenas com regras claras e garantias de equidade no acesso.

O Ministério da Educação irá agora reunir com diretores escolares para garantir a aplicação eficaz destas novas medidas.