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Divergências entre proprietária de terreno e homenageado na origem do cancelamento da Corrida de Toiros em Marinhais (c/ som)

Escrito por em 25 de Agosto, 2025

IMG: Rádio Marinhais.

A Corrida de Toiros que estava amplamente divulgada e agendada para este sábado, dia 30, em Marinhais, foi cancelada. Sabe-se agora que o cancelamento partiu da proprietária do terreno onde o evento estava previsto realizar-se.

Em declarações à Rádio Marinhais, Maria Adelaide Monteiro, proprietária de um terreno situado junto ao cruzamento da Estrada Militar com a Estrada Malhada das Vacas, explicou que foi inicialmente abordada por um indivíduo que, segundo afirma, não estaria diretamente envolvido na organização da corrida anunciada. Este indivíduo, que não identificou, propôs-lhe o aluguer do espaço para a realização de uma pequena vacada destinada a um número reduzido de amigos e familiares.

Perante esta proposta, Maria Adelaide Monteiro acedeu, aceitando ceder o terreno pelo valor de 300,00 euros, quantia que recebeu, mediante a assinatura de uma declaração onde se isentava de qualquer responsabilidade por danos pessoais, patrimoniais ou financeiros.

Maria Adelaide Monteiro garante não ter tido, em momento algum, conhecimento de que a vacada inicialmente mencionada viria, na realidade, a tratar-se de uma corrida de toiros, alegadamente com venda direta de bilhetes e bens alimentares no recinto.

A proprietária relata que começou a desconfiar da legalidade do evento quando questionou quem trataria das licenças e do seguro necessários. Foi apenas então, segundo afirma, que lhe foi revelado o nome de António Vasco como promotor da corrida, pessoa que diz desconhecer, nunca ter contactado e cujo telefone e e-mail solicitou sem sucesso.

Após alguns dias de férias e ausente de Marinhais, Maria Adelaide Monteiro diz ter descoberto, através de cartazes colocados na via pública, que a corrida programada para o seu terreno era uma homenagem a João Manuel Brardo, alguém que, segundo a própria, está impedido de entrar nas suas propriedades devido a antigos diferendos.

Maria Adelaide Monteiro expressa atualmente preocupação com a eventual venda de bilhetes que possa ter ocorrido ou ainda estar a decorrer, rejeitando qualquer responsabilidade nesse âmbito e remetendo-a para a promotora do evento.

A proprietária decidiu, perante os factos que expõe, cancelar a iniciativa, devolvendo na totalidade o valor recebido pela cedência do seu terreno.

Sendo visado na notícia, a Rádio Marinhais contactou João Manuel Brardo, que seria homenageado na Corrida e que esclareceu que a iniciativa foi sugerida pelo cavaleiro Manuel Jorge Oliveira, durante um almoço que ambos tiveram no Cartaxo. Brardo isenta-se de qualquer responsabilidade na organização do evento.

Ainda assim, João Manuel Brardo afirma que, na declaração de cedência assinada por Maria Adelaide Monteiro, constava autorização para a realização de um “evento taurino” e não de uma vacada.

Sobre o impedimento da sua entrada no terreno, Brardo considera que, num evento público, não cabe à proprietária do espaço proibir o acesso de ninguém, mesmo havendo desavenças anteriores, cabendo tal decisão ao promotor, caso identifique maus comportamentos no interior do recinto.

João Manuel Brardo confirma ter interposto uma ação judicial contra Maria Adelaide Monteiro, exigindo o reembolso dos 500 bilhetes adquiridos por si. Diz também ter avançado com duas outras ações judiciais contra indivíduos que, alegadamente, o terão difamado na rede social Facebook.

Na sua opinião, Marinhais sai prejudicado com o cancelamento, uma vez que, segundo diz, no dia 30 haveria uma noite de casa cheia.

Para esclarecer melhor o seu auditório sobre esta controvérsia, a Rádio Marinhais tentou contactar a António Vasco, Unipessoal, Lda., promotora do evento. A empresa escusou-se a prestar comentários adicionais, limitando-se a confirmar que a corrida está efetivamente cancelada.