Cruz Vermelha Portuguesa reforça presença nos locais mais afetados pelos incêndios

IMG: Cruz Vermelha Portuguesa (CVP).

O país arde e, com ele, a resistência de quem todos os dias enfrenta o inferno de frente. Em pleno agosto, com dezenas de incêndios rurais ativos, a Cruz Vermelha Portuguesa tem reforçado significativamente a sua presença no terreno, numa corrida contra o tempo e contra o avanço implacável das chamas.

Nos últimos dois dias, foram ativadas quatro novas unidades Rest Space, ou seja, estruturas de apoio especialmente preparadas para acolher os operacionais exaustos após horas de combate ao fogo. Duas delas mantêm-se em funcionamento, nos concelhos da Pampilhosa da Serra (Meãs) e do Fundão, sendo esta última equipada com um Posto Médico Móvel e capacidade para 250 operacionais em permanência. As unidades de Arganil e Ponte das Três Entradas (Oliveira do Hospital) foram entretanto desmobilizadas após o alívio temporário da situação local.

A operação da Cruz Vermelha não se limita, no entanto, apenas aos Rest Spaces. Só nos últimos dias, 423 operacionais da organização, entre socorristas, elementos de logística e oficiais de ligação, foram mobilizados para 25 teatros de operações. Foram registadas 85 ocorrências e efetuadas 30 evacuações preventivas, sempre em articulação com os restantes agentes de proteção civil.

O esforço logístico é vasto e inclui:

• 107 ambulâncias circulam entre zonas afetadas, hospitais e centros de apoio;
• 18 centros de coordenação móveis garantem a ligação entre as várias frentes;
• 12 viaturas de logística transportam mantimentos, equipamentos e esperança;
• Equipas com drones ajudam a mapear o avanço dos incêndios e a orientar decisões no terreno;
• E três Zonas de Apoio à População oferecem abrigo e assistência direta às comunidades atingidas.

A Sala de Crise Nacional da Cruz Vermelha opera sem interrupções, dia e noite. Em todo o país, 42 delegações da organização mantêm-se em alerta permanente, prontas a responder ao que vier.